quarta-feira, 30 de dezembro de 2015


O nosso caminho é feito
Pelos nossos próprios passos,
Mas a beleza da caminhada
Depende dos que vão conosco!
Assim, que neste Novo Ano que se inicia
Possamos caminhar mais e mais juntos
Em busca de um mundo melhor, 
Cheio de Paz, Saúde, Compreensão e 
Muito Amor!
O ano se finda e tão logo o outro se inicia
E neste ciclo do ir e vir
O tempo passa... e como passa!
Os anos se esvaem e nem sempre 
Estamos atentos ao que realmente importa.
Deixe a vida fluir e perceba, entre tantas 
Exigências do cotidiano,
O que é indispensável para você!
Ponha de lado o passado e até mesmo 
O presente, e crie uma nova vida, 
Um novo dia, um novo ano que ora se inicia!
Crie um novo quadro para você!
Crie, parte por parte, em sua mente,
Até que tenha um quadro perfeito para o futuro
Que está logo além do presente.
E assim dê início a uma nova jornada
Que o levará a uma nova vida, a um novo lar
E a novos progressos na vida!
Você logo verá essa realidade, 
E assim encontrará a maior Felicidade,
E Recompensa.
Que o Ano Novo renova nossas esperanças,
E que a estrela crística 
Resplandeça em nossas vidas e o fulgor 
Dos nossos corações unidos intensifique
A manifestação de um Ano Novo 
Repleto de vitórias, e que o resplendor 
Dessa chama seja como a tocha 
Que ilumina nossos caminhos para a 
Construção de um futuro, repleto de alegrias,
E assim tenhamos um mundo melhor!
A todos vocês companheiros
Que temos o mesmo ideal,
Amigos que já fazem parte da minha vida,
Desejo que as experiências próximas 
De um Ano Novo lhes sejam construtivas, 
Saudáveis e harmoniosas!


terça-feira, 15 de setembro de 2015

Em tua taça.


Em tua taça,
Nobre e de puro cristal,
Em que a vida se emoldura e canta
Como o som de um lindo musical.

Eu, sentimental
Sonho e te procuro,
Levando o meu coração a ouvir
Seu canto belo e triunfal.

Em tua taça
Cabe os sonhos,
E tudo o que em nós palpita.
Além de uma emoção infinita!

Meu frasco nobre e puro
Em que a beleza se eterniza,
Em ti sorvo em goles lentos,
O maravilhoso vinho da vida.

Mariângela Vieira.
http://mlvieira.blogspot.com.br/2015/08/em-tua-taca.html

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Estrela.


Queria eu

Ser uma estrela

E te acordar

No meio da madrugada

Com meu brilho.

Eu te deixaria lúcido,

Te envolveria

Com minha luz

E te faria

Seguir o meu trilho.

Te abraçaria

Em lugar deserto

E te amaria tanto

Que você, por certo,

Já não iria querer

Voltar pra casa.

Mas,

A luz do sol chegando,

Eu iria embora

Para sonhar

Com meus doces momentos.

E te deixaria assim,

 De tal modo amado

Que cada dia,

Você esperaria

Ansiosamente

A chegada da madrugada...

Letícia Thompson..

quarta-feira, 29 de julho de 2015


Dois horizontes fecham nossa vida:  
 Um horizonte, — a saudade  Do que não há de voltar; 
 Outro horizonte, — a esperança  Dos tempos que hão de chegar; 
 No presente, — sempre escuro,—  Vive a alma ambiciosa 
 Na ilusão voluptuosa  Do passado e do futuro.
   Os doces brincos da infância  Sob as asas maternais,  O vôo das andorinhas,  
A onda viva e os rosais;  O gozo do amor, sonhado  Num olhar profundo e ardente,  
Tal é na hora presente  O horizonte do passado. 
  Ou ambição de grandeza  Que no espírito calou, 
 Desejo de amor sincero  Que o coração não gozou;  Ou um viver calmo e puro  À alma convalescente, 
 Tal é na hora presente  O horizonte do futuro.   No breve correr dos dias  Sob o azul do céu, — tais são  Limites no mar da vida:
  Saudade ou aspiração;  Ao nosso espírito ardente,  Na avidez do bem sonhado,  Nunca o presente é passado,  Nunca o futuro é presente.
   Que cismas, homem? – Perdido  No mar das recordações,  Escuto um eco sentido  Das passadas ilusões.  Que buscas, homem? – Procuro, 
 Através da imensidade,  Ler a doce realidade  Das ilusões do futuro.   Dois horizontes fecham nossa vida.

Machado de Assis

sábado, 25 de julho de 2015


Dois horizontes fecham nossa vida:  
 Um horizonte, — 
a saudade  Do que não há de voltar; 
 Outro horizonte, — 
a esperança  Dos tempos que hão de chegar; 
 No presente, — sempre escuro,—  
Vive a alma ambiciosa 
 Na ilusão voluptuosa  Do passado e do futuro.
   Os doces brincos da infância  Sob as asas maternais,  O vôo das andorinhas,  
A onda viva e os rosais; 
 O gozo do amor, sonhado 
 Num olhar profundo e ardente,  
Tal é na hora presente  O horizonte do passado. 
  Ou ambição de grandeza  Que no espírito calou, 
 Desejo de amor sincero  Que o coração não gozou;  
Ou um viver calmo e puro  À alma convalescente, 
 Tal é na hora presente  O horizonte do futuro. 
  No breve correr dos dias  Sob o azul do céu, —
 tais são  Limites no mar da vida:
  Saudade ou aspiração;  Ao nosso espírito ardente, 
 Na avidez do bem sonhado,
  Nunca o presente é passado, 
 Nunca o futuro é presente.
   Que cismas, homem? – 
Perdido  No mar das recordações,  
Escuto um eco sentido  Das passadas ilusões. 
 Que buscas, homem? – Procuro, 
 Através da imensidade,  
Ler a doce realidade  Das ilusões do futuro. 
  Dois horizontes fecham nossa vida.

Machado de Assis

sábado, 7 de março de 2015

Poema Enviado pelo meu amado padrinho.
Emanuel Moura.


Menina e Moça
Está naquela idade inquieta e duvidosa, 
Que não é dia claro e é já o alvorecer; 
Entreaberto botão, entrefechada rosa, 
Um pouco de menina e um pouco de mulher. 

Às vezes recatada, outras estouvadinha, 
Casa no mesmo gesto a loucura e o pudor; 
Tem coisas de criança e modos de mocinha, 
Estuda o catecismo e lê versos de amor. 

Outras vezes valsando, e* seio lhe palpita, 
De cansaço talvez, talvez de comoção. 
Quando a boca vermelha os lábios abre e agita, 
Não sei se pede um beijo ou faz uma oração. 

Outras vezes beijando a boneca enfeitada, 
Olha furtivamente o primo que sorri; 
E se corre parece, à brisa enamorada, 
Abrir asas de um anjo e tranças de uma huri. 

Quando a sala atravessa, é raro que não lance 
Os olhos para o espelho; e raro que ao deitar 
Não leia, um quarto de hora, as folhas de um romance 
Em que a dama conjugue o eterno verbo amar. 

Tem na alcova em que dorme, e descansa de dia, 
A cama da boneca ao pé do toucador; 
Quando sonha, repete, em santa companhia, 
Os livros do colégio e o nome de um doutor. 

Alegra-se em ouvindo os compassos da orquestra; 
E quando entra num baile, é já dama do tom; 
Compensa-lhe a modista os enfados da mestra; 
Tem respeito a Geslin, mas adora a Dazon. 

Dos cuidados da vida o mais tristonho e acerbo 
Para ela é o estudo, excetuando talvez 
A lição de sintaxe em que combina o verbo 
To love, mas sorrindo ao professor de inglês. 

Quantas vezes, porém, fitando o olhar no espaço, 
Parece acompanhar uma etérea visão; 
Quantas cruzando ao seio o delicado braço 
Comprime as pulsações do inquieto coração! 

Ah! se nesse momento alucinado, fores 
Cair-lhes aos pés, confiar-lhe uma esperança vã, 
Hás de vê-la zombar dos teus tristes amores, 
Rir da tua aventura e contá-la à mamã. 

É que esta criatura, adorável, divina, 
Nem se pode explicar, nem se pode entender: 
Procura-se a mulher e encontra-se a menina, 
Quer-se ver a menina e encontra-se a mulher! 

Machado de Assis, in 'Falenas'

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles.
Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles.
Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração.
Como eles admiravam estarem juntos!
Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos."
Clarice Lispector